segunda-feira, 30 de maio de 2011

AS CONTRIBUIÇÕES TECNOLÓGICAS POSSIBILITAM MUDANÇAS NA EDUCAÇÃO, DESDE QUE BEM APLICADAS

Só é possível acompanhar o ritmo de aprendizado dos alunos da atual geração se nos apropriarmos da tecnologia, porém, esse uso deve ser bem articulado, deve haver um bom planejamento de aula com objetivos definidos do que o professor espera que o aluno desenvolva no nível de habilidades em cada aula desenvolvida. O que acontece é que muitos professores ainda não estão conseguindo usar os recursos tecnológicos satisfatoriamente e os conteúdos acabam sendo apreendidos, pelo aluno, de forma fragmentada o que não é objetivo ao pensarmos o uso das tecnologias na escola, pois espera-se que as tecnologias ajude o educando a fazer a contextualização, descobrir a intertextualidade presente no texto em estudo seja este verbal ou não verbal, além de ser capaz de recorrer a outros conteúdos (perceber a interdisciplinaridade) e fazer elos de ligação em prol da construção do próprio conhecimento.


Entende-se que ao fazer uso da internet com nossos alunos, abre-se um leque muito grande de estímulo ao aprendizado e de possibilidades de apreensão dos conteúdos. Em consequencia disso, os educadores serão pressionados, pela própria globalização em promover mudanças também em seu modelo de planejamento, pois o professor precisará se atualizar constantemente e ficar atento aos acontecimentos de Brasil e de mundo a fim de conseguir ajudar o aluno a descobrir todos os ganchos possíveis que os levarão à compreensão dos fatos. Diante disso, o planejamento não mais se limitará à disciplina ministrada pelo professor.

Conceito de Currículo e o Processo de Integração de Tecnologias ao Currículo

Conceituando Currículo e Sua Integração com as Tecnologias

O psicólogo espanhol César Coll resume o conceito de currículo como “um instrumento que deve levar em conta as diversas possibilidades de aprendizagem não só no que concerne à seleção de metas e conteúdos, mas também na maneira de planejar as atividades” e não apenas uma lista de disciplinas e conteúdos, acrescenta que o documento precisa ser revisto permanentemente para acompanhar os anseios da sociedade em relação à educação das crianças. (Revista Nova Escola, ed. 209, 2008, p.32). “São orientações que devem ser vistas como uma bússola que norteia os passos da Educação do país, de cada rede de ensino e de cada professor”, complementa Elvira Souza Lima, consultora do MEC.
De acordo com a matéria divulgada na revista Nova Escola, ed. nº 223, p. 51, junho/julho de 2009, só vale levar a tecnologia para a sala de aula se ela estiver a serviço dos conteúdos. Da soma entre tecnologia e conteúdos nascem oportunidades de ensino. Segundo Márcia Padilha Lotito, Coordenadora da área de inovação educativa da Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) “a tecnologia tem um papel importante no desenvolvimento de habilidades para atuar no mundo de hoje” (Nova Escola, ed. 223).
No artigo “Desafios e possibilidades da integração de tecnologias ao currículo”, Almeida e Prado destacam que “a integração efetiva das tecnologias ao desenvolvimento do currículo consiste de uma ação pedagógica com uma intencionalidade clara de desenvolver um currículo a partir do esboço de um plano de trabalho que se delineia a priori e assume contornos específicos na ação conforme são identificados os conhecimentos, competências e habilidades dos alunos.
Almeida (2002, p.50) enfatiza que “o ser humano desenvolve projetos para transformar uma situação problemática em uma situação desejada a partir de um conjunto de ações que ele antevê como necessárias”.
Com base no dito acima se compreende que a melhor forma de integrar as tecnologias ao desenvolvimento do currículo é por meio de elaboração de projetos o que além de tornar a aprendizagem mais real e significativa, tem como característica fundamental a flexibilidade de planejamento.
Como afirma Freire e Prado (1999, p.113) plasticidade, abertura e flexibilidade são características intrínsecas a projetos, cuja proposição inicial representa uma negociação com os sujeitos de aprendizagem que leve em conta seus interesses, intenções e condições para descobrir algo novo, produzir conhecimento ou criar produtos, delineando “um percurso possível que pode levar a outros, não imaginados a priori”.
Assim, concluímos que o trabalho com projetos propicia a integração das tecnologias ao desenvolvimento do currículo, mas ele precisa ser construído com a participação de todos os atores do processo educativo. Por isso, o ponto de partida é claro, mas o mesmo não é verdade em relação ao como e quando o projeto poderá terminar. Isso ocorre porque, segundo Perrenoud (1999), este tipo de atividade carrega consigo uma dinâmica própria. Essa dinâmica é constituída pela elaboração, pela execução, pela análise, pela reformulação e por novas elaborações do projeto.





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