quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

ATRIBUO A NOTA DEZ ,PARA OS GOVERNOS FEDERAL, ESTADUAL E MUNICIPAL, PELA DEDICAÇÃO EM OFERECER CURSOS PARA NÓS PROFESSORES.PARABÉNS.

 
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Edição 23
04/2008

Comunidade e conectividade

O uso de diferentes linguagens de mídia na escola pode ser um caminho para promover mudanças de atitudes e de metodologias de trabalho. "O professor se especializar para melhorar sua didática é insuficiente hoje, pois, como já dizia Paulo Freire, se ele tem uma prática bancária, autoritária, provavelmente vai usar as novas mídias para reafirmá-la", diz Ismar de Oliveira Soares, coordenador do Núcleo de Comunicação e Educação da Universidade de São Paulo (NCE-USP).
Por isso, é importante que a capacitação dos educadores e gestores para o uso da mídia se dê em conjunto com a comunidade escolar. Para Ismar, "não é com base na tecnologia que nasce o aprendizado, mas com uma gestão participativa do processo".
No ano passado, o MEC deu início a um curso de formação chamado Mídias na Educação - mais de 15 mil professores participam da primeira fase. O programa trabalha com as quatro linguagens - mídias impressa, digital, audiovisual e radiofônica. Há também um módulo de gestão. O NCE-USP é uma das instituições parceiras do ministério nesse curso. "O objetivo é fazer os educadores refletirem sobre como podem usar a tecnologia para ensinar melhor", explica Ismar.
Ismar Soares, coordenador do Núcleo de Comunicação e Educação da USPO especialista dá dicas de como é possível fazer essa apropriação. Ele cita algumas escolas municipais de São Paulo que participaram do projeto Educom.radio, desenvolvido pelo NCE-USP entre 2000 e 2004, e fizeram uso do rádio como uma ferramenta de gestão. Para atrair os pais, em vez de enviar comunicados por escrito, dirigentes e professores motivaram os alunos a produzir programas de rádio com temas de interesse da comunidade e a divulgação de eventos e reuniões. "Com isso, além de os alunos se sentirem parte do processo, os pais passaram a comparecer aos encontros e a participar mais, pois se empolgavam ao ouvir o programa feito pelos filhos - que eram levados para casa em fita cassete. Após essa experiência, as escolas descobriram que muitos pais eram analfabetos e, por isso, não atendiam ao que era pedido nos bilhetes", lembra Ismar.
"Se o professor tem uma prática autoritária, provavelmente vai usar as novas mídias para reafirmá-la."
Para motivar a mudança de atitude dos educadores em relação ao uso da tecnologia, o MEC criou uma nova plataforma de interação: o Portal do Professor (saiba mais sobre o projeto no quadro ao lado). "Nós observamos que levar a chamada cultura da informática para as escolas não é suficiente. O maior trabalho é a instalação dessa cultura", avalia o secretário de Educação a Distância do MEC, Carlos Eduardo Bielschowsky

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